quinta-feira, 23 de agosto de 2012

PJMP e PJR participam do 6º seminário da cidade
Evento reuniu diversas comunidades do município em momento de reflexão
São Miguel do Oeste

Com o Lema “Vinde Benditos de meu Pai”, a PJMP e PJR, participaram do 6º seminário da cidade no último sábado dia 04, relembrando os 10 anos de morte do Bispo Dom José Gomes, no Salão da comunidade do bairro São Gotardo. O objetivo do encontro é envolver as comunidades para refletir a vida, sendo também um momento de formação para lideranças.

De acordo com o Padre Reneu Zortéa, esse foi o lema da ordenação sacerdotal de Dom José Gomes. “Lema carregado de profecia em favor dos empobrecidos desse mundo, pelos quais Dom José doou a vida e se colocou em missão até seus últimos minutos de vida”, destaca.

Segundo Zortéa, o Seminário da cidade é uma atividade pensada e organizada pelas pastorais e movimentos sociais urbanos. “Buscamos envolver comunidades especialmente as que já têm a experiência da nucleação, jovens organizados nos grupos de base da PJMP, outras experiências ligadas a manifestações culturais como é o caso dos Guerreiros do Batuque e grupo de viola Airumã, mulheres organizadas no MMTU e demais lideranças urbanas de nossas comunidades”, explica.

Ele menciona que o seminário da Cidade é um momento de reflexão e articulação da vida urbana, que perpassa o debate de como é possível avançar no entendimento do espaço em que as pessoas vivem “É importante à presença de todas as pessoas para que conhecer e entender como se formam os espaços urbanos, especialmente onde estão os empobrecidos, bem como celebrar a vida nas pequenas comunidades”, complementa.

Na ocasião, Padre Vilson Grow, que assessorou o seminário, falou de suas experiências vividas na comunidade de Mont Serrat-Florianópolis. Em uma de suas falas, ele reforçou a importância da Igreja nas casas, para reaproximar a vizinhança de Jesus encarnado na vida das pessoas dizendo, “a Igreja somos cada um de nós”, finaliza.





quinta-feira, 16 de agosto de 2012

População pode participar de pesquisa para campus da UFFS na região



A pesquisa que já está disponível á população, pretende ouvir sugestões de interesse para implantação de um campus da Universidade Federal da Fronteira Sul- UFFS no Extremo- Oeste de Santa Catarina



São Miguel do Oeste



O Movimento Pró-Universidade do Extremo-Oeste, em parceria com a secretaria de Educação e demais parceiros, vem se reunindo sistematicamente, para articular ações referentes à expansão da UFFS na região.

Na última reunião, do dia 06 de Agosto, foi encaminhado um questionário de pesquisa referente aos cursos ou áreas do conhecimento para o possível campus. Conforme a representante da coordenação do movimento Pró- Universidade, Jociani Pinheiro, o questionário pode ser acessado por toda a região do Extremo. “O questionário é para toda a região, até porque o Campus será uma conquista para o Extremo-Oeste, em vista da necessidade de uma Universidade Pública para essa região”, destaca.

Jociani ressalta que o objetivo do questionário é tornar o processo de escolha das áreas de conhecimento para o campus mais participativo. “Acreditamos que a juventude precisa se sentir parte da luta assim como todas as comunidades camponesas da região”, enfatiza.

O representante do movimento Pró- Universidade, Charles Reginatto, acrescenta que a intenção do questionário também é realizar uma consulta pública com toda a sociedade, envolvendo professores, alunos e entidades diversas. “Quanto mais gente participar e se envolver nesta luta, mais legitimidade vai haver para então transformarmos este questionário em um documento de diagnóstico que será analisado e oficializado pela reitoria com a decisão de quais cursos serão trazidos para o Extremo- Oeste”, complementa.



MOVIMENTO

Segundo a representante do movimento Pró- Universidade, Jociani Pinheiro, o movimento vem crescendo muito na região, o que fortalece a luta pelo campus. “O crescimento do movimento nos anima, porque é uma luta concreta. Nós temos um forte apoio da Pastoral da Juventude Rural e Pastoral da Juventude do Meio Popular que são parte desse processo desde o início, ainda quando a UFFS era só um sonho”, destaca.



QUESTIONÁRIO:

O questionário está disponível e já pode ser acessado através do site da prefeitura de São Miguel do Oeste no www.saomiguel.sc.gov.br , e no blog da Pastoral da juventude do meio popular e Pastoral da juventude Rural no http://juventudecampoecidade.blogspot.com.br.

Ensino Superior Gratuito

Extremo Oeste quer Campus na região

Deputado Garante apoio à expansão do Campus da Fronteira Sul para São Miguel do Oeste

São Miguel do Oeste

Na última sexta-feira, dia 13, autoridades, coordenação do movimento Pró- Universidade, Via Campesina, representantes dos Movimentos Sociais Urbanos, representantes de Paróquias, Juventude da PJMP- Pastoral da Juventude do Meio Popular, PJR- Pastoral da Juventude Rural, PJ- Pastoral da Juventude e outras organizações, participaram de uma reunião na Câmara Municipal de Vereadores a fim de discutir Sobre a necessidade e a importância de um campus da Universidade Federal Fronteira Sul no Extremo-Oeste.

A coordenação do Movimento Pró-Universidade fez um breve relato histórico do processo de luta pela UFFS, a qual é fruto dos movimentos sociais e da organização popular. A coordenação lembrou-se dos acordos feitos entre os três estados do sul, e reforçou que tais acordos devem ser respeitados e reassumidos. Durante o debate as lideranças presentes assumiram o compromisso de fortalecer o movimento Pro-Universidade, e como encaminhamento ficou definido um grupo de trabalho, que dará as linhas políticas e os demais passos em torno da luta pelo Campus do Extremo Oeste, este grupo será formado por lideranças representantes de entidades, movimentos sociais, pastorais e Igreja, professores/educadores, entre outros.

A representante da Coordenação do Movimento Pró-Universidade, Jociani Pinheiro, destaca que além de pensar e discutir em qual município será o Campus ou os cursos (área do conhecimento) é preciso ter os pés no chão. “Temos que ter clareza que existiu e existe um processo de luta e organização popular. Foram os movimentos sociais que garantiram a UFFS em Chapecó, e agora precisamos de todas as forças para trazer um campus para o Extremo Oeste. Junto de toda essa luta diante da vinda de um Campus queremos construir debate sobre a permanência dos educandos na Universidade bem como garantir que ela seja de fato Publica e Popular”, enfatiza.

 O grupo de trabalho organizado vai pensar as próximas propostas de organização e mais adiante será feito uma conversa com a sociedade, empresariados, setores do comércio, da educação (escolas públicas e particulares) para debater em um seminário maior as necessidades da região do Extremo Oeste.

Após está reunião, outro encontro ocorreu na noite de Ontem, dia 16, em Chapecó, onde as mesmas lideranças estiveram realizando uma conversa com a Vice Reitoria da Universidade a fim de esclarecer e dialogar sobre o posicionamento do movimento com a Universidade e o posicionamento da Reitoria com o movimento. Uma próxima reunião deverá ocorrer com as lideranças dos municípios, prefeitos, vereadores, deputados e movimentos sociais.

Histórico

O movimento Pró Universidade foi criado a partir dos três estados do Sul, (Rio grande do Sul, Paraná e Santa Catarina) na luta pela vinda de uma universidade da meso região que fosse Fronteira Sul, ou seja, o Oeste e Extremo Oeste seria comtemplado com um Campus assim como as fronteiras do Rio Grande do Sul e do Paraná.

 O representante do movimento Pro-Universidade, Charles Reginatto, explica que há alguns anos atrás o Extremo Oeste abriu mão de mais um campus para poder ficar com a sede em Chapecó para então garantir um campus no Paraná e outro no Rio Grande do Sul. “Porém agora eles já estão com dois campi e nós continuamos apenas com a sede”, enfatiza.

Reginatto relata que vários acordos foram firmados na época e estabeleceu-se que depois do campus fixados nos estados, Santa Catarina ganharia mais dois campi, um em São Miguel do Oeste e outro em Concórdia. “Agora o Governo liberou para o Sul 40 vagas para o Curso de Medicina, o que de fato não corresponde aos acordos firmados, por essa razão estamos envolvidos nesse debate do curso de medicina e o movimento Pro- Universidade tomou a decisão política de que nós devemos somar força no Extremo Oeste e garantir o campus para a nossa região”, reforça.

O Estudante Tayson Bedin, da Pastoral da Juventude Rural, reforça que o momento tem sido de organização. “Em 2007 a PJMP, PJR, Movimentos Sociais, escolas, diversas autoridades e organizações, reuniram cerca de duas mil pessoas e realizaram uma caminhada pela cidade de São Miguel até a Praça Walnir Bottaro Daniel para reivindicar a Universidade Pública e Federal. Nesse ato também estavam presentes alguns deputados que se comprometeram com a nossa luta, e agora é o momento de chamar de volta essas pessoas para contribuir”, conclui.

Encaminhamentos Políticos

O Deputado Estadual, Padre Pedro Baldissera, enfatiza que hoje, a luta pela universidade é em defesa á garantia de um ensino superior e de qualidade, para que a juventude rural do Extremo Oeste, e demais trabalhadores, possam ter uma formação digna e gratuita. “Vamos continuar trabalhando nesta linha de organização e articulação do movimento Pro- Universidade e demais organizações políticas por entender que a nossa região está vinculada á agricultura familiar, até o fato de termos sido, durante muito tempo, preteridos em termos de políticas públicas voltadas a nossa população”, destaca.

Baldissera lembra que a luta pela universidade veio graças à organização de diversos movimentos e entidades, “No princípio das discussões, se colocou o debate sobre o local de implantação, e a região Extremo Oeste, para viabilizar o projeto, aceitou a implantação em Chapecó com o condicionante de um campus no Extremo ser prioridade, então, hoje a nossa luta é para garantir a permanência desse campus em São Miguel do Oeste e nós vamos estar apoiando e participando ativamente dos debates que devem acontecer em breve”, conclui.

Enquete:

O que um Campus da Universidade Federal representa para São Miguel do Oeste?

“Eu acho muito importante um campus da Universidade Federal aqui em São Miguel do Oeste porque eu tenho as minhas crianças na escola e uma delas já está quase na idade de rntrar para uma faculdade e eu não tenho condições de pagar. Então se tiver uma universidade pública fica muito bom para todos nós”. Lauro de Souza, 45 anos, Calceteiro



“Seria o Ideal. Não é fácil para conseguir pagar uma faculdade, embora exista o Prouni e outras bolsas, é muito difícil de conseguir, Se tivéssemos uma universidade pública que igualasse as condições tudo seria mais fácil”. Marli Bedin, 45 anos, Doméstica

A maioria da Juventude sonha hoje em fazer um curso superior, e muitas vezes não tem condições financeiras e acabam deixando de lado esse sonho e se submetem a trabalhos braçais como, por exemplo, ser servente de Pedreiro que é um trabalho pesado e não exige muita capacitação. Penso que é importante que a juventude tenha acesso ao ensino superior e tenha um ensino de qualidade para também conseguir um trabalho digno e possa se dedicar á outras atividades”. Weslley de Souza Padilha, 18 anos, Servente de Pedreiro

Um campus da Universidade Pública facilitaria muito a vida de todo mundo que sonha em cursar o ensino superior. Eu estudo em uma universidade que se diz comunitária, mas que possui um valor absurdo nas suas mensalidades, mas eu trabalho basicamente para pagar o meu estudo, pois meus pais são agricultores e não possuem condições para pagar o meu ensino”. Daniela Scarioto, 19 anos, Estudante